quinta-feira, 5 de julho de 2012

INVESTIR EM ÁFRICA, uma solução para a crise



No contexto actual de estagnação dos mercados tradicionais utilizados pelas empresas portuguesas, designadamente o mercado europeu, uma das alternativas passa pelo investimento nos mercados africanos. Na realidade, o continente africano apesar de ser olhado com alguma desconfiança, possui uma localização geográfica estratégica, pois, faz a ligação entre os continentes europeu e asiático, podendo funcionar como uma verdadeira base logística e entreposto comercial.

A importância da região está à vista, quando verificamos que o investimento directo estrangeiro da última década aumentou seis vezes e, que países como a China, Rússia, Brasil e EUA estão a investir fortemente em África. Esta zona do globo tem-se tornado cada vez mais atractiva por via da melhoria da sua conjuntura interna, promovido pelo crescente aumento do turismo, da procura no mercado interno, do desenvolvimento do mercado imobiliário, das baixas taxas de juro e pela crescente estabilidade política.

O mercado africano deve ser visto, numa perspectiva de médio/longo prazo como uma grande oportunidade para os negócios e retorno de investimentos. Ora, tal perspectiva deriva do aparecimento e do rápido desenvolvimento da classe média, do desenvolvimento infra-estrutural, da existência de um contexto de negócios favoráveis ao crescimento económico, da resistência ao desacelaramento e estagnação do crescimento económico mundial, do crescimento do mercado interno em consequência do aumento populacional de 13% a cada 5 anos, e da valorização dos activos, que se encontram a níveis muito atractivos.

Verifica-se que as empresas africanas ligadas às matérias-primas têm vindo a despertar o interesse dos investidores estrangeiros, mas o crescimento em África não se resume a essas mercadorias. Também, os sectores da banca, transportes, comunicações, construção têm tido um crescimento notório. Com as devidas cautelas, o potencial de valorização dos investimentos realizados nesta zona poderá ser equiparável ao que actualmente se verifica em países como a China, Brasil, Índia ou Rússia.

Por isso, deve concluir-se, que é essencial que as empresas portuguesas, beneficiando das ligações históricas e económicas com vários países africanos, internacionalizem os seus negócios para esse continente, funcionando Angola e Moçambique como uma base logística para a conquista de mercado noutros países dessa região.

Sem comentários:

Enviar um comentário